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Indignação geral pela condenação de uma pequena rede de prostituição em Múrcia
- 12 de setembro de 2024
A condenação de uma rede de prostituição infantil em Múrcia
No julgamento de uma rede criminosa que se dedicava à exploração sexual de menores, o Ministério Público conseguiu condenar 13 indivíduos de uma conspiração que funcionava desde 2014, mas a sentença é risível e gerou indignação, não só entre as vítimas e familiares, mas no sentimento geral, que vê como uma rede criminosa com essas características pode escapar de penas exemplares devido à lentidão da justiça e de juízes que não aplicam adequadamente a Lei. Essa operação mostrou o extremo nível de vulnerabilidade dos adolescentes. que, atraídas por falsas promessas de dinheiro rápido, caíram numa espiral de prostituição forçada.
Métodos de recrutamento de vítimas
Os recrutadores desta rede utilizaram vários métodos para localizar os menores. Estratégias que iam desde a procura em clubes de jovens até anúncios de emprego ou mesmo escolas .
Uma vez contatados, os adolescentes foram submetidos a pressões constantes. Foi-lhes dito que poderiam obter grandes somas de dinheiro “deixando-se acompanhar e tocar” por homens mais velhos, na sua maioria empresários de Múrcia, que solicitavam estes serviços.
O acordo judicial alcançado pelos condenados gerou rejeição e indignação social . Embora o procurador tenha solicitado penas que podiam ir até 7 anos de prisão, as sentenças finais foram consideravelmente inferiores. Os recrutadores, principais responsáveis pela exploração, foram condenados a dois anos de pena pelo crime de prostituição de menores, o que põe em causa a eficácia do sistema judicial na protecção das vítimas.
Por outro lado, os taxistas que colaboraram com a rede assumindo funções de transporte receberam penas igualmente reduzidas e o mais surreal da pena é que os empresários que compraram os serviços desses menores foram absolvidos .
As vozes das vítimas nunca foram ouvidas
Durante todo o processo é notável o silêncio dos menores. A falta de acusações específicas por parte das vítimas tem sido alarmante, levantando questões sobre a forma como estes casos foram tratados. A falta de apoio e o medo de represálias por parte dos seus captores podem explicar esta situação.
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